Nascido em Queluz, no ano 1967, Luís Palma Gomes é poeta, dramaturgo e engenheiro. Estudou no Liceu de Queluz e depois na Faculdade de Ciências em Lisboa. Depois de publicar poesia no DN Jovem e Jornal de Letras, durante a sua juventude, entra para o Teatro Passagem de Nível na Amadora, onde interpreta o papel de D. Pedro I na peça «Pedro, o cru» de António Patrício – interpretação reconhecida pela crítica. Vence alguns prémios de poesia em Portugal e no Brasil.

A carreira profissional numa seguradora afasta-o durante duas décadas do teatro e da criação literária. Aos 47 anos, é diretor de informática, quando perde o emprego. A sua vida muda de forma brusca: regressa ao teatro, como ator e autor residente do grupo amadorense; ao mesmo tempo, começa a dar aulas no ensino secundário.

Em paralelo, reinicia a sua vida literária. A sua poesia torna-se mais leve e esperançosa. Reúne um conjunto de poemas, «Fronteira», que marcam essa páscoa literária – um renascimento que sucede depois de alguns anos de sofrimento e negrume psíquico. A vida curva e um novo horizonte surge. Desta mudança, resultam poemas acerca da hesitação e decisão de quem salta sem pára-quedas, dos mistérios que intui, do conforto que encontra nos espaços naturais, do espanto constante diante da imprevisibilidade.